A
oito quilômetros do município de Curuçá, no nordeste do Pará, está
localizada a primeira praia em mar aberto depois da foz do Amazonas. A
praia da Romana é um dos pedaços mais bonitos e menos explorados do
litoral paraense. São 14 quilômetros de areia branca e dunas. Lugar
pintado de vermelho pela revoada dos guarás. Uma beleza deserta e
conhecida ainda por poucos. A maioria dos que já visitaram este paraíso
são estrangeiros. Vivem ali pescadores e agricultores habitantes da
Reserva Extrativista Mãe Grande, que abriga um dos maiores manguezais
contínuos do mundo, cerca de 37 mil hectares.
A
Romana ficou mais conhecida através de ações de turismo de base
comunitária. Em parceria com a Casa da Virada, projeto da ONG Intituto
Peabiru, a comunidade criou roteiros de ecoturismo e contribuiu para a
fundação do Intituto Tapiaim, que organiza as trilhas e conduz os
visitantes, mostrando as belezas e riquezas do mangue e a cultura dos
pescadores e catadores de caranguejo que vivem no local.
A
iniciativa é tão pioneira que representantes do Insituto Tapiaim, todos
curuçaenses, foram participar no início deste mês do IV Salão de
Turismo Anhembi, em São Paulo. O trabalho realizado em Curuçá atraiu o
interesse de muitas pessoas e também especialistas da área. O Instituto
Tapiaim é um dos 50 projetos de turismo de base comunitária selecionados
para receber apoio do Ministério do Turismo.
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